Em tempos de crise econômica e preocupações constantes com a gestão do dinheiro público, é essencial que os cidadãos estejam informados e vigilantes sobre como seus impostos estão sendo utilizados. Recentemente, surgiu uma questão pertinente que merece atenção: o custo dos kits distribuídos pela Secretaria de Saúde nas escolas de Laguna (SC). De acordo com informações obtidas, o kit em questão é composto por itens básicos: uma bolsinha de pano, um pequeno livro, uma escova de dente, uma pasta de dente e um chaveiro. À primeira vista, parece um conjunto simples e de baixo custo, algo que visa promover a saúde bucal dos estudantes. No entanto, ao analisar os preços médios desses produtos no mercado, percebe-se um grande abismo entre o custo estimado e o que foi efetivamente pago pela Secretaria. Vamos aos números: Bolsinha de pano e livro: Estimativa de preço no mercado – R$ 10,00. Escova de dente: Estimativa de preço no mercado – entre R$ 3,00 e R$ 4,00. Pasta de dente: Estimativa de preço no mercado – até R$ 5,00. Se somarmos os valores acima, o custo total por kit deveria girar em torno de R$ 20,00, talvez um pouco mais, considerando o chaveiro. No entanto, foi revelado que a Secretaria de Saúde desembolsou impressionantes R$ 600,00 por cada kit, totalizando um gasto de R$ 1,2 milhão para dois mil kits. Essa disparidade de valores levanta questões cruciais sobre a gestão dos recursos na saúde. Seria essa uma falha isolada ou indicativo de um problema mais profundo na gestão de contratos e compras do setor público? É essencial que haja transparência e prestação de contas para que o dinheiro público seja gerido com eficiência e responsabilidade. O valor pago por esses kits pode parecer pequeno em comparação com o orçamento total da saúde, mas cada real conta, especialmente em um setor tão vital para o bem-estar da população. Este caso serve como um lembrete para a necessidade de vigilância constante e participação ativa dos cidadãos na fiscalização dos gastos públicos. Afinal, o dinheiro que financia o setor público é o dinheiro do contribuinte e, como tal, deve ser usado de maneira justa e transparente.