No meio de tantos alvinegros, um que veste itens verdes chama atenção. É um palmeirense perdido? É um coxa branca que errou a torcida? Não, é o Super Tapetin (sim, com ‘n’), um torcedor botafoguense de Laguna que ficou conhecido no país todo e tudo isso porque se destacou entre tantos outros fanáticos pelo time de General Severino.
Por trás do capacete verde e da capa, está Felipe Mattar Moreira, 41 anos, proprietário de um mercado no Mar Grosso, que realizou um sonho este ano: acompanhar uma partida do Botafogo-RJ no Estádio Nilton Santos. Para marcar essa ida, ele queria fazer algo diferente e foi aí que surgiu a ideia de ir fantasiado como super-herói, mas o botafoguense não queria nenhum conhecido. Pensou, até que buscou inspiração no campo do Glorioso, que é apelidado de ‘tapetinho’ em referência à troca da grama natural pela sintética.
Esse desejo de ir ao estádio do time surgiu após uma excursão dos alvinegros para o jogo em que o Botafogo venceu o Grêmio-RS por 2 a 0, em Porto Alegre. “Fomos em dois ônibus para lá com a torcida de Laguna”, lembra ele, que também integra a diretoria da Fogão Sul, torcida organizada local que comemorou sete anos este mês. Dias depois, comprou ingressos, passagens e foi assistir a partida contra o Bahia, também com vitória alvinegra por 3 a 0.
Ali foi a primeira aparição do Super Tapetin. Na ocasião, conseguiu ser captado pelas câmeras que transmitiam o jogo e virou destaque: dias depois, concedeu entrevistas para programas nacionais de televisão e até mesmo fez gravações com o Homem-Aranha Alvinegro para a TV do Botafogo. “Minha ideia era ir de um super-herói com roupas pretas, pensei no Batman, mas a minha esposa, a Maria Eduarda, disse que assim não iria se destacar e pensamos em algo diferente”.
Moreira ainda assistiu à primeira derrota do Botafogo no ‘tapetinho’ para o Flamengo-RJ no começo do mês, mas não se desanimou e ainda acredita que o time da estrela solitária vai voltar a erguer a taça de campeão após quase 30 anos. “Tá sendo muito boa a recepção. Quando foi a segunda vez para o Rio, o pessoal parava, os influenciadores pró-Botafogo. Valeu a pena”, diz ele, que não pretende deixar de lado o personagem.