Cerca de 50 candidatos da região de Tubarão, inscritos para participar da prova prático-profissional da segunda fase do exame da OAB, nesse domingo (10), não conseguiram chegar a tempo e ficaram do lado de fora do prédio da Unesc, em Criciúma. A informação é do jornal Diário do Sul. A prova estava marcada para as 13h e os portões fechavam às 12h30. Antes disso, por volta das 10h30, a BR-101 foi interditada para a retirada de uma carreta, que tombou na noite anterior, em Sangão. O trecho foi liberado somente por volta das 12h, provocando mais de quatro quilômetros de congestionamento, o que fez com que os candidatos que estavam parados na rodovia federal não conseguissem chegar antes do fechamento dos portões. O tombamento da carreta ocorreu por volta da meia-noite de domingo. Segundo informações, a PRF levou 10 horas para autorizar a CCR a fazer a retirada do veículo. Quem passou pelo trecho diz que não visualizou nenhuma informação ou alerta por parte da polícia ou da concessionária, já que rotas alternativas poderiam ter sido usadas. Na placa luminosa que fica na altura da Ponte Cavalcante, em Tubarão, antes da entrada do túnel do Morro do Formigão, não havia nenhum aviso sobre a interdição da rodovia, por parte da CCR. Uma viatura da PRF estava no acostamento do sentido oposto da rodovia, quilômetros antes do acidente, com um radar para averiguar a velocidade dos motoristas que vinham do Sul. Quem não faz a prova consta como faltante e, por isso, precisará repetir todo o processo, voltando para a primeira fase, necessitando voltar a Criciúma mais duas vezes, nos próximos meses, além de ter que se preparar novamente, pois muda todo o conteúdo. Por isso, os alunos procuraram um representante da OAB de Tubarão ou de Criciúma, como manda o edital, para que pudesse dar suporte aos alunos, mas não havia nenhum. Restou procurar a representante da FGV, entidade que aplicou a prova, e essa se negou a pelo menos ouvir o que os alunos que chegaram logo depois das 12h30 tinham a relatar. Os alunos flagraram, no entanto, que a mãe de um outro aluno, que já estava dentro de sala, entregou pela janela, para um fiscal da FGV repassar a seu filho, um Vade Mecum, que é um compilado de leis, para que ele pudesse fazer a prova. A entrega se deu antes das 13h, horário de início das provas. Com mais essa irregularidade, contrariando o edital da prova, e indignados pelo fato dos fiscais da FGV ajudarem um aluno e prejudicarem dezenas de outros, os alunos barrados chamaram a polícia militar, que obteve a confissão do fiscal da FGV e constou o fato em Boletim de Ocorrência. Os alunos prejudicados vão acionar a FGV e a OAB estadual, enviando um comunicado contando o que houve e solicitando administrativamente que a prova seja disponibilizada em outra data. Se isso não acontecer, eles pretendem ingressar com uma ação contra a FGV e a própria Ordem, e também acionar a CCR, em função dos prejuízos materiais e morais sofridos.