Na decisão, o ministro ainda permitiu que ela volte para o lugar de onde foi resgatada - se ela concordar.
O caso é investigado desde junho deste ano quando uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF) resgatou a mulher de 50 anos da residência, onde vivia desde criança. O desembargador sempre negou as denúncias dizendo que ela era da família.
Os fiscais identificaram que ela tinha surdez desde a infância e que não foi ensinada a se comunicar na Língua Brasileira de Sinais.
Mendonça manteve decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e rejeitou recurso da Defensoria Pública da União (DPU) que faz a defesa da mulher e queria impedir o contato entre ela e o desembargador.
Ainda de acordo com a decisão de Mendonça, não há indício de crime porque a empregada "viveu como se fosse membro da família".
Desde a operação da Polícia Federal, ela está em uma instituição de acolhimento, cujo endereço permanece sob sigilo. Agora, com a nova decisão da Justiça, Borba pode saber onde ela está e reencontrá-la.