Nossa Senhora da Glória é uma das santas intercessoras da cidade juliana. Há 70 anos, sua estátua está de braços abertos e voltada para o Centro e já virou referência de fé e proteção. Esta terça-feira, 15, assinala a passagem de sua data litúrgica, mas como o calendário não colaborou, as celebrações foram transferidas para o próximo domingo, 20.
“É ela que, de braços abertos, está intercedendo por cada um dos lagunense”, comenta o padre Lenoir Steiner Becker, pároco de Santo Antônio dos Anjos. Os registros das graças são vários e visíveis: estão fixados em placas por toda a base da estátua.
O antigo Morro do Pau de Sinal, nome em referência ao instrumento de sinalização ali existente, não foi mais o mesmo desde a inauguração do monumento em 31 de maio de 1953. A iniciativa da construção foi do então vigário, padre Gregório Warmeling, que viria a ser bispo de Joinville, e contou com apoio da sociedade, sendo financiada por Francisco Fernandes Pinho, com engenharia de Colombo Salles, quase 20 anos antes de ser governador, e fundos angariados pela Congregação Mariana.
“Na manhã chuvosa deste dia tão esperado por aqueles que tiveram uma parcela nesta monumental realização, já se observava um desusado movimento de carros que subiam céleres o morro, esvaziando as enormes filas de fiéis que se concentravam na praça Floriano Peixoto e de numerosos crentes que, indiferentes às dificuldades, escalavam o morro a pé”, narrou o antigo jornal O Albor, na semana seguinte ao domingo de inauguração. A estátua foi erguida pelas mãos criativas do casal Elisa e Alfredo Staege.
A área em volta do monumento recebeu limpeza nos últimos dias, mas a estátua aguarda por um trabalho de pintura e manutenção há cinco anos – a última foi em agosto de 2018. Segundo a paróquia, em razão da celebração à Nossa Senhora da Glória, as demais igrejas e capelas de suas 13 comunidades não terão missas pela manhã. A programação inicia às 9h, com saída de procissão da igreja matriz ao morro, onde a celebração começa a partir das 10h.