Natural de Braço do Norte, Guilherme Steinbach, de 25 anos, decidiu embarcar em uma jornada pelo Brasil que transcende o simples ato de viajar. Conhecido como "Artista de Mochila", ele carrega consigo muito mais do que pertences materiais, levando consigo experiências, aprendizados e a missão de homenagear seu irmão e inspirar outros viajantes. Guilherme, desde cedo, nutriu o sonho de viajar pelo país e, ao mesmo tempo, carregar consigo uma bagagem repleta de novas vivências. Sua motivação ganhou um propósito ainda mais significativo ao homenagear seu irmão, que nasceu com uma condição rara, Mielomeningocele, que o privou de andar e lhe tirou a visão. “O nome “artista de mochila" quer dizer que, por onde passo, eu deixo experiências e coloco outras na minha bagagem, sempre aprendendo e ensinando”, explica. A viagem começou com apenas duas cidades planejadas: São Thomé das Letras em Minas Gerais e Santana, no Amapá, onde seu irmão reside atualmente. Entretanto, Guilherme logo se rendeu à imprevisibilidade da estrada, preferindo permitir que ela o guiasse, desbravando lugares desconhecidos e conhecendo outros viajantes. A jornada se tornou uma verdadeira lição de vida. “Eu sendo do interior de Santa Catarina, fui criado com o estereótipo de que o Nordeste era só seca. Que só havia fome e pobreza. As imagens da televisão só mostravam o lado ruim da região brasileira onde mais fui acolhido e achei a mais rica, principalmente de belezas naturais, histórias, culturas e comidas típicas”, conta Guilherme.