Três ex-secretários do governo Carlos Moisés estão na lista de processados pela Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela compra de 200 respiradores pulmonares, com suspeita de superfaturamento, por R$ 33 milhões.
Os equipamentos, comprados durante a pandemia de covid-19, nunca foram entregues ao Estado. Outras 11 pessoas também são citadas no processo. Dos 14 denunciados, nove são empresários e cinco, agentes públicos. Entre eles, dois ex-secretários de Estado.
O ex-secretário de Estado da Casa Civil Douglas Borba, que chegou a ser preso durante a Operação O2, foi denunciado por estelionato e obstrução da investigação. Já o ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, foi denunciado por peculato culposo. Segundo as investigações, ele cometeu crime, mas não há confirmação de que tenha se beneficiado diretamente do esquema.
A ex-superintendente de Gestão Administrativa da Secretaria de Estado da Saúde Márcia Pauli responderá por peculato culposo, uso de documento falso e obstrução da justiça. Os demais servidores são Carlos Campos Maia e Carlos Costa Júnior. Eles responderão por peculato culposo, por terem sido negligentes.
Entre os empresários está Fábio Guasti, dono da Veigamed, empresa que vendeu os respiradores ao Estado. Além dele, há Leandro Barros, empresário e advogado de Biguaçu, na Grande Florianópolis, Samuel Rodovalho, Pedro Araújo, Davi Perinni, César Martínez Braga, José Edson da Silva, Maurício de Mello e Rosimeri Araújo.
Os empresários denunciados vão responder por organização criminosa, estelionato, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.