Centenas de pessoas participaram na manhã do último sábado (27), em Tubarão, de um ato público contra o racismo. A manifestação começou em frente à antiga rodoviária, e continuou em caminhada pela Avenida Marcolino Martins Cabral Nilópolis até o Museu Willy Zumblick, no Centro. O objetivo foi protestar contra as agressões sofridas pelo morador da Cidade Azul André Lima. Ao Grupo Hiper de Comunicação e a imprensa tubaronense ele afirmou que foi insultado e agredido fisicamente por um grupo de motociclistas do município. Os insultos eram referentes a cor de André, que é negro. O ato contra o racismo e em apoio a André Lima foi organizado por moradores de Tubarão, estudantes e coletivos. Conforme os manifestantes todos os dias, milhares e milhares de pessoas são discriminadas em função da sua cor. Eles afirmam que esse tipo de preconceito tem de ser varrido. Os manifestantes seguravam cartazes com o dizer: "Vidas Negras Importam". Um dos participantes da manifestação Jorge Eduardo, pontuou que os negros saíram da escravidão física, mas que infelizmente a escravidão psicológica ocorre todos os dias. "Foi preciso um pai de família ser machucado e ferido para a raça negra levantar a bandeira, a qual deve ser levantada todos os dias. Isso não só em prol da raça, mas de todo aquele que é discriminado e está em estado de exclusão. Graças a Deus tinha as filmagens para mostrar e denunciar esse ato covarde de racismo quanto ao André. De outro modo o fato seria discriminado, descaracterizado e desacreditado como se fosse uma briga de rua. Parabéns a todos que tiveram coragem e se fizeram presente diante a manifestação", enfatiza o estudante de Direito. Outro participante, o Sr. Alberto Carlos, afirma que o racismo está enraizado na sociedade, ou seja, no direito, na economia, na ideologia, na política. É um crime que se mostra a partir de práticas, hábitos e falas cotidianas, tanto de forma consciente, como inconsciente. Isso significa que, se o país onde vivemos foi construído com base em ideais racistas, o racismo deixa de se expressar como uma anormalidade e se torna um componente significativo que escancara como as relações sociais foram historicamente construídas em nosso país.