O ex-atacante Magno Alves, que defendeu o Atlético Tubarão em 2018 e brilhou no futebol nacional com as camisas de Fluminense, Atlético-MG, Ceará e Seleção Brasileira, fez 39 investimentos em criptomoedas e perdeu mais de R$ 32 milhões.
O ex-atleta abriu processo contra uma empresa que atua nesse mercado. A natureza dos documentos era fazer investimentos no mercado de criptomoedas, locando suas moedas digitais em favor da empresa, com a promessa de lucros de até 10% ao mês.
Magno Alves disse à Justiça que, no início do contrato, o rendimento conquistado voltava em novas aplicações, com o acordo transcorrendo de forma satisfatória. Porém, a partir de dezembro do ano passado, os compromissos deixaram de ser honrados.
Foi quando ele teve conhecimento que a empresa virou alvo de operação da Polícia Federal e também decidiu procurar seus direitos. E descobriu que o negócio feito pela empresa de tratava se um esquema de pirâmide.
Sinônimo de gol, Magno Alves ganhou projeção no futebol brasileiro ainda pelo Criciúma. Ao longo da carreira, ele atuou em clubes importantes do futebol brasileiro. Fora do país, esteve no Japão, Coreia do Sul e Catar.
Golpes em jogadores
Magno Alves não é o único jogador de futebol que foi vítima de um esquemas de pirâmide financeira com moedas digitais, que causaram prejuízo de pelo menos R$ 40 bilhões a 4 milhões de brasileiros em apenas cinco anos.
Os jogadores brasileiros Mayke Rocha Oliveira, Gustavo Scarpa e Willian Gomes de Siqueira (conhecido como “Willian Bigode”), todos com passagem pelo Palmeiras, também alegam ter perdido milhões de reais em uma empresa de criptomoedas suspeita de ser um esquema de pirâmide, que também oferecia rendimentos mensais fixos.
O golpe sofrido por Magno Alves é três vezes maior que o calote aplicado contra Gustavo Scarpa e Mayke. Os atletas, que atuavam no Palmeiras, investiram cerca de R$ 10,4 milhões em uma companhia indicada pelo atacante Willian Bigode, que hoje defende o Athletico-PR.