O Tribunal de Justiça de Goiás tornou réus sete jogadores e outras sete pessoas em decorrência da fase três da Operação Penalidade Máxima, que investiga um esquema de manipulação de 13 resultados de apostas em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. A decisão, proferida pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, acusa atletas como Dadá Belmonte (América-MG) e Alef Manga (Coritiba) de participação no esquema, assim como membros do grupo de apostadores liderado por Bruno Lopez de Moura, conhecido como BL.
Além dos jogadores Dadá Belmonte e Alef Manga, também foram citados na denúncia Igor Carius (Sport), Jesus Trindade (uruguaio, ex-Coritiba), Pedrinho (ex-Athletico-PR, atualmente no Shakthar), Sidcley (ex-Cuiabá e hoje no Dínamo de Kiev) e Thonny Anderson (ABC). Os sete atletas enfrentam acusações previstas na Lei Geral do Esporte (LGE), que incluem os artigos 198 e 199, referentes a solicitação ou aceitação de vantagens para alterar o resultado de competições esportivas.
Ainda de acordo com a denúncia do MP-GO, outros acusados como Bruno Lopez de Moura, Cleber Vinicius Rocha Antunes da Silva, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Romário Hugo dos Santos (conhecido como Romarinho), Thiago Chambó Andrade e Victor Yamasaki Fernandes (conhecido como Vitinho) também responderão pelos supostos crimes na LGE. Enquanto o escândalo da manipulação de resultados abala o futebol brasileiro, na última terça-feira (25), foi publicada uma medida provisória que dá início ao processo de regulamentação das apostas esportivas de cota fixa, um mercado conhecido como mercado de bets, que permaneceu sem regulamentação desde a Lei 13.756 de 2018 e tem potencial de arrecadação anual de até R$12 bilhões.