Bons tempos
Os tempos mudaram, tudo mudou, até as pessoas, mas é no campo político que a transformação foi gigantesca. Por muitos anos, morando em Braço do Norte, tive a alegria de acompanhar prefeitos vestidos de simplicidade, como Gelson Claudio e Luiz Kuerten, ambos munidos de uma vontade enorme de fazer as coisas acontecer em Braço do Norte. Mais propriamente, tive a alegria de coordenar a campanha do meu amigo e saudoso Luiz Kuerten (Tilico), um braçonortenses daqueles que levava a política a sério, mas acima de tudo levava a sério a honestidade e o trabalho. Por tempos estive junto de sua administração e aprendi com ele que não existe política sem honestidade e que atender bem as pessoas é obrigação e não um trabalho de quem ocupa um cargo público. Sem esquecer de dona Marlene, uma primeira dama que amava aquilo que fazia, no social, com os idosos, junto do esposo Tilico, tempos áureos das administrações por amor.
Outros tempos
Vivemos sim noutro tempo, aonde a cobiça por cargos, a ganância por dinheiro e o uso da política como promoção pessoal reinam em todos os cantos. Uma pena, pois quem ontem atacava o outro, hoje está abraçado, quem ontem achava defeitos, hoje acha tudo uma maravilha, e as pessoas vão aos poucos perdendo o interesse pelas siglas, pela honestidade e por lideranças comprometidas com o bem comum. Dificilmente teremos novos Tilicos ou Gelsons, novos Luiz Henrique da Silveira, Pedro Ivo e outros que foram bravos governadores. Os tempos de Arena e MDB não existem mais e nos perdemos neste emaranhado de siglas, jogadas, conchavos e talvez por isso que a grande maioria das pessoas prefere a neutralidade do que pôr a mão na massa e fazer acontecer.
Liberdade de expressão
Morando novamente em Braço do Norte, além de palestrante, professor em escola particular e cerimonialista, trabalho na imprensa e por tudo isto gosto e preciso estar atualizado, ler, buscar saber dos fatos, elogiar quando de merecimento e criticar positivamente quando necessário. E assim tenho feito, dentro desta coluna ou no microfone, sempre buscando alertar, mas acima de tudo ajudar e somar com as melhorias. Talvez por isso na coluna da outra semana uma leitura comentou na rede social que “com que direito eu, não morando em Braço do Norte, emitia opiniões sobre as coisas do município e cobrava o tal relatório da real situação da prefeitura no início da atual gestão”. Bem! Como tive o nome usado e coluna contestada, permita-me nobre leitora mencionar a Rua Frederico Kuerten, centro de Braço do Norte, meu endereço, meu telefone e e-mail sempre acima no cabeçalho da coluna, tudo comprovando que morei uma vez e voltei a morar nesta bela cidade e entre bajular este ou aquele em troca de tapinhas nas costas ou outros benefícios, prefiro ajudar escrevendo aqui, falando num microfone ou sendo voluntário em várias frentes do município, porém sem alardes, afinal, aquilo que a tua mão direita faz, a esquerda não precisa saber. Ponto final!
Santa Rosa de Lima
O pequeno, porém, pujante município de Santa Rosa de Lima, minha amada terra natal se prepara para comemorar seus 63 anos de emancipação política-administrativa neste dia 10 de maio próximo. Um sábado de muitas atividades esportivas, recreativas e culturais marcarão o aniversário, envolvendo todos os munícipes, além de prefeituras, câmaras de vereadores e população vizinha, conforme a atuante prefeita Siuzete. Recebi o convite e vou estar na terrinha natal para este dia especial, rever amigos e ajudar nas atrações que prometem um sábado alegre e de integração. Agricultura, apicultura, madeireiras, pecuária, turismo, uma natureza ainda preservada, o costão da serra, suas águas termais, muita religiosidade e a gente amiga, conferem a Santa Rosa de Lima o carinho de tantos que conhecem ou nasceram por lá. Parabéns à toa a gente de Santa Rosa de Lima!
Frase final
“Existem aqueles que torcem pelos governantes (políticos), existem aqueles neutros que deixam a coisa rolar, existem aqueles que batalham, ajudam, metem a mão e fazem acontecer e existem os bajuladores ou popularmente escrevendo: “Os puxa-sacos”. Estes adoram presentes, ranchos, favores, coisas pessoais, sem se importar se as coisas andam bem ou mal”. Lembrando que os que apoiam e os que metem a mão e ajudam são a maioria, mas cá entre nós, os tais bajuladores e puxa-sacos fazem um estrago danado, né?