Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Os irmãos são apontados pela investigação como mandantes do crime. O delegado é suspeito de agir para proteger os dois. Todos foram levados para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro e devem ser transferidos para o presídio federal de Brasília. O vínculo do delegado Rivaldo Barbosa com o caso surpreendeu as famílias das vítimas. Ele foi a primeira autoridade do estado a receber famílias e amigos de Marielle e Anderson, no dia seguinte ao duplo assassinato, e prestou solidariedade. Ele prometeu que a solução do caso seria "questão de honra". As viúvas de Marielle e de Anderson estiveram na sede da PF no Rio de Janeiro neste domingo. Ex-mulher de Marielle, a vereadora Mônica Benício disse que a ligação do policial com o caso mostra não apenas erros da investigação, mas também que a polícia foi cúmplice dos assassinos. "As prisões não são o fim desse caso. Queremos que todas as pessoas que tiveram qualquer tipo de contribuição, relação e envolvimento sejam responsabilizadas", disse Benício. "A Polícia Civil do Rio de Janeiro não só errou como também foi cúmplice desse processo".