Uma confusão envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e uma família de brasileiros em Roma pode trazer problemas para o magistrado na Justiça. Caso as imagens do bate-boca comprovem que Moraes chamou de "bandido" uma das pessoas envolvidas, ele também poderia ser acusado de injúria. Nesse cenário, a própria vítima poderia acusá-lo diretamente junto ao Supremo Tribunal Federal, e o caso seria analisado e julgado pelos demais ministros. A Procuradoria-Geral da República poderia participar do processo, fiscalizando o cumprimento das regras processuais.
Segundo o relato do advogado do casal, Roberto Mantovani e Andreia Munarão, acusados por Moraes de ofendê-lo no aeroporto de Roma, o ministro teria xingado de "bandido" o genro do casal, Alexandre Zanatta, após uma discussão no local. Andréia teria se voltado contra o ministro equivocadamente, acreditando que ele estava furando a fila para entrar na sala VIP do aeroporto. A família ainda alega que o filho de Moraes teria dirigido ofensas pesadas e desrespeitosas a Andreia durante a discussão, culminando em um tapa dado por Roberto. A possibilidade de uma notícia-crime contra Moraes foi levantada, e caso isso ocorra, outro ministro será sorteado no STF para conduzir o processo. Caso uma queixa seja apresentada contra o filho de Moraes, o processo será conduzido na primeira instância da Justiça.
Procurada pela imprensa, a assessoria do STF informou que o ministro Alexandre de Moraes não se manifestará sobre o caso. Enquanto as circunstâncias do incidente ainda são objeto de discussão, a possibilidade de investigação e o desenrolar do processo serão aguardados para esclarecer os acontecimentos ocorridos em Roma.